O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, disse hoje que o terrorismo só pode ser vencido através da união entre os moçambicanos, reiterando que não se pode permitir que "o mal" se espalhe pelo país.

"O terrorismo já provou que é um inimigo que só pode ser vencido se houver união entre os moçambicanos e se todo o mundo se unir", disse Filipe Nyusi, durante a abertura do conselho coordenador do Ministério da Defesa, a decorrer durante quatro dias.

Para o chefe de Estado, a união de todos no combate ao terrorismo vai travar a possibilidade de os grupos insurgentes "penetrarem e prosperarem" nas suas incursões, lembrando que a combinação das forças conjuntas, da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e do Ruanda, tem sido "fundamental".

"Não podemos permitir que este mal se espalhe pelo país", referiu Nyusi, lançando um apelo para que todos contribuam para a pacificação do país.

O discurso do chefe de Estado moçambicano surge numa altura em que se registam sinais de alastramento da insurgência para a província do Niassa, vizinha de Cabo Delgado, com ataques esporádicos a pontos recônditos que já provocaram a fuga de cerca de 3.000 pessoas nestes locais, segundos os últimos dados das autoridades.

Face às ameaças, Filipe Nyusi exigiu que o setor da defesa seja "mais proativo", antecipando medidas de combate, analisando cenários, suas ligações e manifestações, além de manter o respeito pelos direitos humanos.

"Queremos propostas de ações claras e concisas sobre os caminhos que o setor da defesa nacional deve trilhar para a execução eficaz e eficiente das tarefas a si atribuídas", frisou o Presidente moçambicano.

A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

O conflito já provocou mais de 3.100 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e mais de 817 mil deslocados, de acordo com as autoridades moçambicanas.

Desde julho, uma ofensiva das tropas governamentais com o apoio do Ruanda a que se juntou depois a SADC permitiu aumentar a segurança, recuperando várias zonas onde havia presença de rebeldes, mas o conflito

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