«El-rei nosso senhor havendo respeito aos serviços de Vital de Bettencourt Vasconcelos, fidalgo de sua casa, natural da Ilha Terceira, filho de Vital de Bettencourt, continuados na cidade de Angra desde o tempo em que a ela chegou o capitão Francisco de Ornelas da Câmara com ordem de fazer na mesma ilha e em todas as mais dos Açores aclamar e jurar S. M. por rei e senhor natural, concorrendo para esse efeito em tudo o que se lhe comunicou com particular zelo e valor e sendo mandado às outras ilhas fazer executar nelas a mesma aclamação e buscar alguma artilharia e munições para se prosseguir no cerco da fortaleza do Monte Brasil em cuja diligência se houve com cuidado e o mais tempo, perto de 4 meses que depois assistiu com a companhia de que era capitão nas fortificações e ao trabalho e defesa das trincheiras nos postos que se lhe encarregaram e em alguns recontros que se lhe ofereceram com o inimigo até se render de todo à obediência de S. M. proceder com a devida satisfação, em consideração de tudo. Há por bem de lhe fazer mercê de uma comenda de lote até oitenta mil reis. Em Lisboa a 14 de Agosto de 1642.»
Ao mesmo tempo lhe é feita mercê do hábito de Cristo. (Arq. Nac. da T. do T., liv. I, fl. 110).
Vital de Bettencourt foi fidalgo cavaleiro da casa real e da Ordem de Cristo; provedor dos resíduos dos órfãos e capelas e teve o posto de capitão-mor de Angra, eleito em 1671. Na sua descendência se contam figuras de relevo que enobreceram a terra.
In Gervásio Lima, Breviário Açoreano, p. 251, Angra do Heroísmo, Tip. Editora Andrade, 1935.
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