Beber coca-cola zero ou outros refrigerantes de dieta diariamente “aumenta o risco de morte prematura, devido a AVC e a ataque cardíaco”.

Consumir dois ou mais destes refrigerantes diariamente aumenta o risco de AVC em cerca de um quarto e de incidência de doenças coronárias em um terço, apurou um novo estudo.

E comparativamente a indivíduos que raramente ou jamais ingerem estas bebidas, o risco de morte prematura é 16% superior para os primeiros.

‘Refrigerantes diet ou sem açúcar não são inofensivos’

Os cientistas alertam que a nova pesquisa deve servir de aviso sobretudo para quem está a seguir um regime de restrição calórica e vê nestas bebidas uma alternativa viável.

A médica e professora Yasmin Mossavar-Rahmani, líder do estudo e docente no Albert Einstein College of Medicine, no Bronx, em Nova Iorque, disse: "A nossa pesquisa e outros estudos observacionais revelam que as bebidas com adoçantes artificiais são perigosas para a saúde e que o seu consumo está associado a um risco bastante significativo de AVC e de ataque cardíaco”.

Mulheres obesas estão mais vulneráveis

Os novos dados apurados foram baseados sobretudo nos efeitos dos refrigerantes diet em mulheres e concluem ainda que alguns grupos populacionais apresentam um risco maior.

Sugerindo que mulheres obesas que consumam uma ou duas destas bebidas por dia têm mais do que o dobro do risco de sofrer um AVC.

A pesquisa, publicada no periódico científico Stroke, incluiu dados de 81,714 mulheres pós-menopáusicas (de idades compreendidas entre os 50 e os 79 anos no começo do estudo) e que foram monitorizadas durante uma média de 12 anos.

Uma dose de uma bebida diet equivale a 335 mililitros.

Já no ano passado, cientistas israelitas e de Singapura haviam avisado que seis adoçantes artificiais presentes em refrigerantes eram tóxicos para as bactérias que proliferam no intestino – o que por sua vez pode ter uma associação para o aparecimento de várias doenças, desde obesidade, diabetes a cancro digestivo ou Alzheimer.

Defesa

Em resposta ao estudo publicado no periódico científico Stroke, o ISA - Associação Internacional de Adoçantes defende em comunicado que: "As evidências atualmente disponíveis, incluindo as mais recentes revisões encomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), indicam que não existem provas que os adoçantes de baixas calorias podem causar ou aumentar o risco de doença cardiovascular".

Acrescentando: "Como se sabe, os estudos observacionais apresentam certas limitações, incluindo a possibilidade da causalidade inversa e de fatores de confusão residuais que podem afetar as associações reportadas bem como declarações incorretas, por parte dos participantes, dos dados de consumo. Neste artigo, o consumo de adoçantes de baixas calorias foi estimado baseando-se apenas na apreciação pessoal do participante e não num método validado para a ingestão dietética, e medido apenas num determinado momento. Para além disso, tal como os autores reconhecem, pode ser o caso de os padrões de consumo terem-se alterado com o decorrer do tempo antes dos incidentes de saúde acontecerem".

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