Os deslocados da insurgência em Cabo Delgado poderão ser tratados da Covid-19, no Centro Décimo Congresso, o maior do país, aberto nesta 4a feira, 2, na capital, Pemba.

Aquela cidade é tida como de maior risco para a Covid-19, em virtude de albergar milhares de deslocados que fogem de ataques de insurgentes nos distritos mais a norte da província.

Basilio dos Mwelus, chefe do departamento de planificação na Direção Provincial de Saúde, disse que o centro é importante por Cabo Delgado ter “uma maior concentração da população particularmente exposta ao risco de contaminação.”

A Caritas iniciou a distribuição de alguns bens aos deslocados em Nampula

“Estar viva é um milagre”, diz anciã que sobreviveu a um ataque de insurgentes em Cabo Delgado
Grande parte desses deslocados é acolhida por familiares sem muitas condições sanitárias e o distanciamento social é um enorme desafio.

Uma nota do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) diz que o novo centro, com capacidade para 200 doentes, foi construido de parceria com a Organização Mundial da Saúde e Fundo das Nações Unidas para a Infância.

O mesmo poderá ser expandido para atender 400 doentes, nesta província que desde 2017 é alvo de ataques de insurgentes, situação que provocou a morte de mais de 1500 pessoas e, pelo menos, 250 mil deslocados.

Filipe Nyusi visita deslocados de ataques de insurgentes em Cabo Delgado

“As pessoas que fogem do conflito armado em Moçambique trocam esse perigo de vida pelo risco da COVID (…) mas essas famílias não podem retornar” antes do conflito deixar de representar um risco para os civis, disse Raoul Bittel, chefe das operações do CICV em Pemba.

Além da abertura do centro, o CICV e a Cruz Vermelha de Moçambique, dizem em comunicado, que apoiaram mais de 12.500 deslocados com utensílios de cozinha, lonas, artigos de higiene pessoal e outros bens essenciais.

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