O ensino profissional nos Açores vai abrir 42 cursos e cerca de 800 vagas no próximo ano letivo, um reforço face ao atual, anunciou hoje a secretária regional da Juventude, Qualificação Profissional e Emprego.

“No próximo ano letivo, vamos ter 42 cursos profissionais. Estes cursos poderão abranger 800 alunos”, adiantou a titular da pasta da Qualificação Profissional nos Açores, Maria João Carreiro, à margem de uma visita à Escola Profissional da Praia da Vitória, na ilha Terceira.

O número de cursos disponibilizados pelas 17 escolas profissionais da região aumenta de 36 para 42, havendo também um reforço no número de vagas.

Segundo Maria João Carreiro, houve uma articulação entre o Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) e as escolas para que os cursos respondam às “reais necessidades do mercado” e para que não exista uma repetição de cursos nas diferentes instituições de ensino.

“Queremos oferecer formação, seja no âmbito do ensino regular, seja no âmbito do ensino profissional, que não colida, mas que se complemente. É importante atender às necessidades reais do mercado. Queremos formar os jovens para integrar o mercado de trabalho. Há esta articulação e as escolas têm sido parceiros fulcrais, essenciais nesta ação”, salientou.

Questionada sobre as dificuldades financeiras das escolas profissionais, a secretária regional da Qualificação Profissional disse que o executivo açoriano já encomendou um estudo sobre a sustentabilidade destas instituições de ensino.

“Entendemos que as escolas, no âmbito da sua autonomia, também têm de criar uma forma de sustentabilidade e o Governo, como parceiro, pretende perceber como poderá ser dado esse apoio e que estratégia terá de ser desenvolvida para a sustentabilidade financeira das próprias escolas”, avançou.

Maria João Carreiro lembrou que o executivo já apoia as escolas profissionais, através do Fundo Social Europeu e de contratos-programa, mas disse que é preciso “criar mecanismos” para tornar as escolas mais sustentáveis, que poderão passar, por exemplo, por uma “agregação”.

“O nosso objetivo é apoiar as escolas profissionais, porque entendemos que são parceiras essenciais. Tem de haver critérios”, sublinhou.

As candidaturas para o próximo ano letivo nas escolas profissionais já estão abertas e a secretária regional defendeu que é preciso “abrir a escola à comunidade” e “dar a conhecer as ofertas que existem”.

“Temos de esclarecer os nossos jovens, esclarecer os seus pais, que o ensino profissional é uma opção válida, digna e paralela ao ensino regular. O facto de ir para o ensino profissional não significa que não possa prosseguir os seus estudos”, afirmou.

“Ao optar pelo ensino profissional estou a adquirir competências mais técnicas e práticas, que me permitam ingressar no mercado de trabalho a curto trecho, mas não invalida que ingresse depois no ensino superior”, acrescentou.

 

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