No universo automotivo, não há sucesso maior do que o nosso querido fusca (já vimos aqui que ele continua sendo o preferido dos paulistas), um carro que conseguiu conquistar o mundo e ter aceitação em todas as classes sociais com incríveis vínculos afetivos. Um carro clássico brasileiro sem comparação.
A história do fusca começa seu auge no Brasil nas décadas de 1960 e 1970, o fusca ganhou mais de 50 nomes ao redor do mundo, mas foi nos Estados Unidos que a Volkswagen começou um projeto especial para ele.
Isso porque, na época, a legislação de segurança do país passava por mudanças significativas e, se o carro não se adaptasse a elas, poderia perder o seu principal mercado fora da Alemanha. As novas normas estabeleceram uma distância maior entre o para-brisa e motorista, fato que precisou ser repensado pela engenharia do Volks.
Por isso, lá no início da década de 1970, o designer Herbert Schäfer elaborou um projeto de fusca com quatro portas, com novo capô e novo para-brisa, além da tampa de motor e um para-choque maior e mais seguro. Também houve mudança nas lanternas e as janelas ficaram um pouco maiores.
Apesar do esforço, este “fusca mutante” foi produzido em pequena escala e atualmente existem raríssimos exemplares espalhados no mundo. Aqui no Brasil, algumas pessoas chamavam o modelo de “Zé do Caixão”, apelido que também foi dado a outro modelo Volkswagen também de 4 portas, o 1600.
O projeto original de Schäfer foi barrado pela Volkswagen por ter um custo altíssimo e que estava inviabilizando a produção e as vendas. No entanto, este modelo foi o embrião do fusca 1303, chamado de Super Beetle. Ele era mais simples e foi um grande sucesso. Nesta época, os EUA já tinham revogado algumas das leis de segurança.
Na década de 1950, uma empresa chamada Rometsch, especializada em customização de automóveis, lançou um fusca alterado com quatro portas para servir ao contingente de taxis na Alemanha. O veículo se tornou uma marca registrada dos taxistas da época no país.
Recentemente no Brasil, um exemplar de quatro portas foi oferecido no Mercado Livre pela bagatela de R$80.000,00. Uma relíquia, não é mesmo?!