Filho do antigo Presidente moçambicano Armando Guebuza responde em tribunal e diz não se recordar de muita coisa

O filho do antigo Presidente moçambicano, Armando Guebuza, Ndambi Guebuza, negou qualquer envolvimento no caso das dívidas ocultas no início da sua audição no julgamento, que entrou nesta segunda-feira, 30, na sua segunda semana, em Maputo.

A acusação alega que Ndambi Guebuza terá gasto parte do valor recebido no esquema na compra de propriedades e viaturas de luxo de marcas como BMW, Range Rover, McLaren, Maserati, Rolls Royce e Ferrari.

Ndambi Guebuza negou qualquer envolvimento com o projecto da Zona Económica Exclusiva (ZEE), através do qual foi concretizado o calote dos 2,2 mil milhões de dólares avalizados pelo Estado.

Durante três horas e meia, na primeira parte da sua audição em tribunal, em que se faz acompanhar por dois advogados e pelo pai, Ndambi Guebuza foi parco nas respostas às questões do tribunal e, em muitas questões em que foi confrontado, recorreu a questões de memória, optando por respostas como “não me recordo”.

O filho do antigo estadista disse não ter recebido qualquer valor da Privinvest e reconheceu apenas ter relações de parceria com o empresário franco-libanês Jean Boustani, em negócios que envolvem a imobiliária, tendo recebido, como resultante de investimentos conjuntos, milhões de dólares nas sua contas, dentro e fora do país.

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De acordo com a acusação do Ministério Público, dos valores recebidos, que segundo se alega são resultado do calote das dívidas ocultas, parte considerável foi gasta em propriedades na África do Sul, viagens de lazer e na compra de várias viaturas de luxo de marcas como BMW, Range Rover, McLaren, Maserati, Rolls Royce e Ferrari, algumas das quais, oferecidas a amigos.

Instado a confirmar ou a detalhar o destino dado ao valor, Ndambi, de 44 anos de idade e identificado com a profissão de gestor imobiliário, respondeu de forma categórica que não queria “falar dos seus negócios com Boustani nem da aplicação dada ao dinheiro recebido”.

De acordo com Teófilo Nhangumele, um dos réus que já foi ouvido no âmbito do julgamento das chamadas dívidas ocultas, Ndambi Guebuza terá ficado com 33 milhões de dólares do total de 50 milhões pagos pela Privinvest, como gratificação pela facilitação no negócios que deu lugar ao calote.

Ele continua a ser ouvido no tribunal.

 

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